O terapeuta Emanuel Marques Paulino (‘Bruxo da Areosa’) anunciou que pela primeira vez irá prestar declarações no processo do rapto mortal do empresário de Braga, posição que não terá a ver com o facto deste arguido poder ser libertado já antes do julgamento.
A disponibilidade do ‘Bruxo da Areosa’, que passou a infância e a juventude em Braga, onde o pai era curandeiro numa vivenda na zona do Monte do Bom Jesus, foi declarada de viva voz ao juiz-presidente, William Gilman, ainda antes de adiado o julgamento que estava marcado para começar já na passada quinta-feira, no Tribunal de São João Novo.
Este volta-face no processo poderá ter a ver com o facto do alegado autor moral, Pedro Bourbon, ter declarado recentemente à juíza de instrução criminal do Porto que seriam os autores dos crimes de rapto e assassínio o seu compadre ‘Bruxo da Areosa’ e ainda os seus dois próprios irmãos, advogado Manuel Bourbon e economista Adolfo Bourbon.
Os dois irmãos mais novos, Manuel e Adolfo, emitiram na ocasião um comunicado em que rejeitavam tais imputações, lamentando a atitude do seu irmão mais velho, Pedro Bourbon, que é advogado e era o secretário-geral do Partido Democrático Republicano.
Emanuel Marques Paulino é acusado de ter raptado o empresário João Paulo de Araújo Fernandes, em Março do ano passado, em Braga, alegadamente tendo-o levado para um armazém, em Valongo, onde supostamente a vítima terá sido estrangulado e mais tarde o cadáver desfeito já num bidão com ácido sulfúrico, em Baguim do Monte, Gondomar.
JG (CP 2015)