O advogado portuense Luiz Vaz Teixeira renunciou à defesa de Hélder Moreira, o único ‘arrependido’ entre os acusados do rapto mortal de Braga cuja fase da instrução judicial é parcialmente repetida esta terça-feira de manhã no Porto.
As razões da renúncia não foram ainda divulgadas pelo advogado, Luiz Vaz Teixeira, que já não estará presente nas diligências desta terça-feira, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
A juíza Isabel Ramos irá interrogar novamente dois arguidos: o advogado bracarense Pedro Grancho Bourbon e Filipe Alexandre Leitão, o primeiro suspeito de ter sido o autor moral do rapto e assassínio, enquanto o segundo de ter facultado os códigos dos alarmes da C. Santos e desse modo permitir o furto dos quatro Mercedes para os crimes.
A repetição dos depoimentos foi ordenada pela Relação do Porto e tem a ver com o facto de ambos, tendo prestado declarações duas vezes, primeiro fizeram-no na ausência dos outros arguidos e advogados, repetindo os interrogatórios, mas ainda só com todos os advogados e não os respectivos arguidos.
Em causa está o rapto e o assassínio do empresário da construção civil bracarense João Paulo de Araújo Fernandes, de 41 anos, cometido a 11 de Março de 2016, à frente da sua filha, então com oito anos, em Braga, supostamente pela disputa do património imobiliário dos pais da vítima, avaliado em cerca de dois milhões de euros.
O caso já deu origem a um livro, ‘Bourbons e Bruxo – Crime Bárbaro e Inédito em Portugal’ (Rui Costa Pinto Edições) e que está em destaque na Feira do Livro de Braga.
JG (CP 2015)