A CDU visitou esta terça-feira a feira semanal de Braga, a funcionar em local temporário devido às obras no Parque de Exposições de Braga (PEB). Face às reclamações de muitos feirantes, dada a falta de condições que o espaço alternativo para a realização da feira apresenta, Carlos Almeida, vereador e candidato da CDU, exige pronta resposta por parte dos responsáveis.
Carlos Almeida, acompanhado por Bárbara Barros, eleita na Assembleia Municipal de Braga, e Filipe Gomes, dirigente do PEV, mostrou-se solidário com os feirantes.
Após fecho do PEB para obras de requalificação, a feira semanal realizou-se no local escolhido como alternativo para os próximos oito meses, tempo previsto para a realização da obra. Depois de realizado um sorteio que os feirantes apelidam de “mal feito” para a localização de cada espaço, e de “pouco diálogo” entre a administração da InvestBraga e da Câmara com os interessados, a falta de condições do espaço para onde foram deslocados levantou os ânimos dos presentes esta terça-feira de manhã.
As principais reclamações prendem-se com a falta de condições do terreno em terra onde mais de cem feirantes ficaram localizados, dado que “nada foi feito para adequar o espaço para a realização da feira, retirando dignidade e condições para quem ali tem que estar”.
“ Para agravar, a única casa de banho disponível encontra-se no Parque da Ponte, não existe ponto de água nem electricidade, o que vai criar dificuldades quando os dias começarem a ficar mais pequenos”, denúncia Carlos Almeida.
“NO MEIO DO PÓ”
A falta de higiene e segurança no espaço, com as tendas de alimentos colocadas no descampado, “no meio do pó”, ou o facto de nenhuma ambulância ou carro de bombeiros conseguir entrar na feira em caso de emergência forma outras das questões apontadas ao vereador. Alguns feirantes recusaram-se mesmo, com o PressMinho/O Vilaverdense noticiaram, a montar o seu espaço por não ter condições para o fazer, tendo entretanto ficado retidos no espaço, sem poderem retirar as suas carrinhas, porque o perímetro foi todo fechado.
Perante todas estas reclamações, dezenas deslocaram-se às instalações onde estaria instalada a administração da InvestBraga enquanto o PEB está em obras para poder falar com algum responsável, mas sem efeito. Ninguém da administração ou da Câmara Municipal esteve no local para orientar os feirantes no que foi o primeiro dia da deslocação que se impôs como consequência da requalificação do Parque, nem para ouvir e responder às suas reclamações.
“Com isto se vê que quem teve esta ideia não percebe nada da feira”, ouvia-se a alguns. Outros iam mais longe, exigindo mesmo “a suspensão da feira durante o período de obras, garantindo o lugar quando voltássemos a ter condições para a fazer”.
“Não se compreende como, com tanto tempo, não se tenha preparado o local para receber a feira condignamente, atenuando, desde logo, o valor das taxas a serem pagas pelos feirantes pela deslocação em si, e criando condições – à falta de melhor espaço da cidade para a feira funcionar durante o fecho do PEB – para que se possa realizar a feira semanal com o menor transtorno possível”, afirmou Carlos Almeida.
“Estamos certos de que a Câmara Municipal tinha condições para garantir que o espaço estaria à altura da realização do evento, tal como aconteceu, por exemplo, com a prova Braga Street Stage no centro da cidade. Todas as reclamações que os feirantes podiam ter sido acauteladas”, declarou Carlos Almeida.
O candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal acrescentou ainda ser “inadmissível que ninguém responsável tenha vindo dialogar, no terreno, com os feirantes, deixando-os sozinhos e sem soluções”.
FG (CP 1200)