A associação americana de doentes com cancro gástrico hereditário ‘No Stomach for Cancer decidiu reforçar o financiamento por mais um ano de um projeto de colaboração inteiramente português liderado pela investigadora do Ipatimup/i3S Joana Figueiredo.
O projecto tinha sido inicialmente financiado em 2015 e este reforço surge agora, tendo em conta os resultados obtidos: a equipa portuguesa conseguiu não só desenvolver novas abordagens de diagnóstico, mas também dar respostas (gratuitas) a várias famílias de todo o mundo que as solicitem, permitindo-lhes perceber se as mutações que possuem podem ou não causar cancro gástrico.
Desta equipa fazem também parte as investigadoras do Ipatimup/i3S Raquel Seruca, Joana Paredes, e Soraia Melo, do grupo de investigação ‘Epithelial Interactions in Cancer, assim como o investigador João M. Sanches, do Instituto de Sistemas e Robótica e do Departamento de Bioengenharia do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.
Com o financiamento desta associação norte-americana, sublinha a investigadora Joana Figueiredo, conseguimos “estudar famílias vindas de todo o mundo com suspeita de carcinoma hereditário do estômago, mas com variantes da E-caderina que podem ou não ser patogénicas. Com os testes que efectuámos foi possível fazer um aconselhamento genético informado e tomar uma decisão terapêutica adequada”.
Este reforço de financiamento, sublinha, “representa também o reconhecimento do trabalho multidisciplinar efectuado pela equipa do I3S/Ipatimup e do ISR-IST para o desenvolvimento de novas ferramentas de analise baseadas um analise quantitativa de imagem de células representativas dos indivíduos a estudar”.
A líder do grupo de investigação ‘Epithelial Interactions in Cancer’, Raquel Seruca, destaca igualmente o inegável reconhecimento internacional de uma jovem investigadora enquanto investigadora principal do projecto.
Fonte: Lifestyle