Tendo o concelho de Vila Verde um “forte pendor agrícola” e registado “um incremento do sector nos últimos anos”, o candidato do PSD à Câmara de Vila Verde anuncia que “este continuará a ser um sector estratégico para Vila Verde”.
Nas visitas realizadas, este fim-de-semana, à Feira de Agricultura e Doçaria de Cabanelas/Agridoce e à recriação da Espadelada de Linho, em Marrancos, António Vilela reiterou a importância que terá o projecto da futura Adega Cultural, “onde será instalado um Mercado de Produtos Locais”, para venda directa dos pequenos produtores ao consumidor final. E falou na necessidade de “apoiar a criação de associações de produtores locais, no sentido de promover e permitir um escoamento de produtos agrícolas para consumo interno, particulares e sectores como a restauração, e para fora das portas do concelho”.
Nos últimos anos, refere Vilela, Vila Verde tem registado “um forte desenvolvimento de projectos agrícolas, sobretudo por jovens agricultores, e tem assistido à modernização/profissionalização das actividades tradicionais, dos pequenos produtores locais”.
As isenções de taxas e licenças municipais para unidades de produção ligadas à agro-indústria e agro-pecuária, “constituem um importante incentivo à atracção e instalação de novas unidades agrícolas”.
“Estas são medidas municipais que têm permitido aos nossos jovens e restantes produtores terem um impulso decisivo para avançar e para modernizar espaços agrícolas, com muito sucesso”, vinca o candidato. Medidas que estão associadas “ao aproveitamento estratégico de fundos comunitários, que têm permitido o ressurgimento de grandes áreas de exploração agrícola, muitas delas ligadas à produção de pequenos frutos e à agro-pecuária”.
“Aliás, o concelho de Vila Verde é aquele que viu mais projectos aprovados a nível nacional”, vinca António Vilela.
EVENTOS LIGADOS AO SECTOR
Eventos como a Festa das Colheitas, a marca Namorar Portugal (com mais de 60 produtos associados), o extenso programa da Rota das Colheitas, o apoio a pequenos certames locais (Festa do Vinho do Vade, Feira dos Vinte de Prado, Feiras Agrícolas, etc) e “acções financiadas de combate às pragas das culturas”, entre outras, “têm vindo a dar visibilidade e a permitir o aparecimento de pequenas e micro-empresas no sector”.
Para o social-democrata, “nunca Vila Verde teve uma estratégica coordenada e tão concentrada com vista à valorização e projecção do sector”.
MERCADO E ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES
O aparecimento de unidades industriais de transformação de produtos, queijo e carne, deram um novo impulso ao sector, mas António Vilela assinala o futuro Mercado de Produtos Locais, a instalar no âmbito da requalificação da antiga Adega de Vila Verde (Adega Cultural), como “mais um importante passo para ajudar ao escoamento da produção agrícola feita pelos pequenos produtores e lavradores do concelho”.
E tem deixado uma ideia: “o município apoiará sempre a criação de associação de produtores ligados a determinada fileira de produtos, do mel, feijão, castanha, aves, hortícolas, frutícolas, entre outros. Já temos algumas associações/cooperativas de agricultores, ligados, sobretudo, aos pequenos frutos, mas podemos e devemos alargar a outras fileiras”.
REGADIO DE SOUTELO-PRADO-CABANELAS
Na zona sul do concelho, o candidato assinala “a importância estratégica” que terão as obras de requalificação do regadio Soutelo-Prado-Cabanelas, que abrange uma área agrícola de cerca de 327 hectares. A candidatura está aprovada e comporta um investimento na ordem dos 7 milhões de euros, “que esperamos seja agora assumida pelo Governo”.
“São investimentos que se traduzirão numa grande eficiência, nomeadamente os relativos ao valor das perdas de água, a exponenciação das culturas potenciais, área beneficiada e o número de agricultores abrangidos”, realça António Vilela.
De resto, vinca que “o novo quadro comunitário abre janelas de oportunidade para a economia rural, com apoios financeiros destinados ao desenvolvimento da actividade agro-pecuária, ao turismo, às pequenas empresas e apoio ao emprego que é necessário aproveitar ao máximo”.