O presidente do PSD, Passos Coelho, criticou esta quarta-feira, em Amares, as “opções orçamentais do Governo que pararam a construção de novas estradas onde de facto são precisas» e «o facto de não ter sido aproveitada a baixa de preço do petróleo”, porque “teriam dado outro impulso à economia e ajudar as empresas que estão dispostas a arriscar”.
Pedro Passos Coelho, que falava nas instalações da empresa de transportes de mercadorias BrunoTir, em Figueiredo, Amares, respondia aos lamentos dos proprietários, segundo os quais “em horas normais demoramos 20 a 25 minutos a chegar a Braga» e por outro lado «somos obrigados a abastecer os nossos camiões em Espanha e não em Portugal, devido à diferença de preços dos combustíveis”.
Acompanhado por Luís Montenegro, o líder da oposição criticou “outras opções a nível orçamental deste Governo”, referindo-se concretamente à polítia fiscal, defendendo “uma baixa progressiva do IRC, que o anterior Governo tinha previsto, mas o actual não seguiu”.
Durante a sua deslocação a Amares, que passou pela Santa Casa da Misericórdia, Pedro Passos Coelho reiterou a sua “firme oposição” à actual lei da imigração, preconizando “a necessidade de Portugal continuar a ser um país seguro como ainda é”, exigindo que o Governo de António Costa “se pronuncie definitivamente sobre o que quer fazer em termos de política de defesa e de segurança”, esperando ainda que “esta tarde o senhor ministro da Defesa o faça no Parlamento”.
Pedro Passos Coelho congratulou-se com a desconvocação da greve dos juízes, que iria perturbar a homologação dos resultados eleitorais das Autárquicas, considerando “ser impensável para mim a ideia de uma greve de titulares d órgãos de soberania, como são os magistrados judiciais, seria como o Presidente da República ou os deputados fazerem greve”.
Na visita estiveram, entre outros, o presidente e o vice-presidente da Câmara Municipal de Amares, Manuel Moreira e Isidro Araújo, bem como o eurodeputado José Manuel Fernandes, presidente da Comissão Política Distrital de Braga do PSD.
Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro foram recebidos na BrunoTir pelos dois sócios da empresa, João Soares e Bruno Soares, pai e filho, que defenderam a urgência de uma ligação rodoviária à Variante do Fojo, em Braga, lamentando “não poder contribuir com mais impostos para o nosso país, a nível de combustíveis, porque somos obrigados a ter de abastecer mais barato em Espanha”.
Joaquim Gomes (CP 2015)