Mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, a principal causa de problemas de saúde e de incapacidade laboral no mundo, segundo estimativas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A OMS, que lançou em Outubro uma campanha de sensibilização sobre a depressão, lembra que a falta de apoio para pessoas com perturbações mentais e o medo do estigma social evitam que muitos doentes acedam aos tratamentos necessários para levarem uma vida saudável e produtiva.
Em comunicado, a OMS salienta o pouco investimento dos governos na saúde mental, realçando que quase 50 por cento das pessoas com depressão não são tratadas, mesmo nos países mais ricos, e que, em média, 03 por cento dos orçamentos da saúde se destinam a programas de saúde mental.
Por cada dólar (0,93 cêntimos) investido no tratamento da depressão e da ansiedade existe um retorno de quatro dólares (3,72 euros) em melhor saúde e capacidade de trabalho, sustenta a OMS.
A depressão aumenta o risco de doenças cardíacas, da diabetes e do suicídio, sendo uma doença mental caracterizada por tristeza persistente e falta de interesse em actividades diárias. Normalmente, as pessoas com depressão têm ausência de energia, alterações no apetite, ansiedade, diminuição da concentração, inquietação, sentimentos de culpa ou desespero e pensamentos suicidas.
O diagnóstico de depressão é realizado com base na observação, queixas e história clínica do doente. A terapêutica pode incluir a psicoterapia e/ou a toma de fármacos (como os antidepressivos, entre outros). O tratamento é sempre individualizado e só o médico pode prescrever o fármaco mais adequado a cada caso. O apoio familiar e social é muito importante ao longo de todo o processo.