Depois de um Verão com concertos em alguns dos maiores palcos da música nacional (Vodafone Paredes de Coura, Super Bock Super Rock), os Stone Dead chegam a Vila Verde, este sábado, para serem os cabeças de cartaz do Rock no Espeto 2017. O recinto localiza-se nas imediações do Campo de Tiro (perto do Estádio Cruz do Reguengo – Vilaverdense FC). Os concertos começam a partir das 22 horas.
Ao trio de Alcobaça juntam-se ainda os Plane Ticket e os Paraguaii, bem como dois nomes vilaverdenses, a banda Wave Flow, liderada pelo músico Zé Pedro Ribeiro, e o DJ Pedro Ferreira, presença habitual nas actividades da Bullire. Um alinhamento jovem e irreverente na noite em que a energia electrificante da música regressa ao coração do Minho para mostrar que ainda há rock depois do Verão.
“O Rock no Espeto é organizado pela associação vilaverdense Bullire, com o objectivo de ajudar a dinamizar e diversificar a agenda cultural da região e a dar palco aos valores locais”, afirma a organização. O festival, apoiado pelo município, abre com os Wave Flow, uma jovem banda vilaverdense de Rock’n Roll, e encerra com a actuação do DJ Pedro Ferreira.
A Cerveja Artesanal Letra, produzida em Vila Verde, é a cerveja oficial do festival, e a comida fica a cargo do Restaurante do Campo de Tiro, localizado no recinto. A aposta na prata da casa é evidente, complementada com a presença de bandas em plena ascensão no panorama nacional da música.
STONE DEAD
Os Stone Dead são os cabeças de cartaz. O colectivo de Alcobaça, com uma reputação sólida conquistada através de excelentes prestações em alguns dos maiores palcos da música nacional, chega Ao Rock no Espeto 2017 para dar a conhecer o novo álbum.
‘Good Boys’ traz-nos “o ciclo electrificante do rock, com a guitarra em punho a puxar na mesma direcção que um baixo proeminente e detalhado com vários apontamentos de melodia”, uma sonoridade própria, “em que cada rasgo de guitarra joga com os rendilhados do baixo e com a catadupa incontível da bateria”.
“É MELHOR DANÇAR A MÚSICA DO QUE PENSÁ-LA”
Paraguaii é “pop-psico-tropical-com-travo-a-qualquer-coisa-que-às-vezes-parece-blues-agreste” (Sérgio Felizardo, VICE 2016). Os Paraguaii não se sentem confortáveis com rótulos e dizem-nos que é melhor dançar a sua música do que pensá-la. Não será portanto de estranhar a forma pouco convencional como apresentam o novo álbum ‘Dream About The Things you Never Do’.
“O mais que conseguirão é entrar a bordo, juntar-se-lhes nesta viagem por milhentos espaços, sejam os palpáveis (o baixo pulsante via Factory, uma guitarra eléctrica tropical e caliente), sejam os imaginados (sobretudo através dos sintetizadores e órgãos que, qual nave espacial, transferem a música dos Paraguaii para um sideral desconhecido)”, referem.
A FORÇA DAS GUITARRAS DOS 80’s e 90’s
Por sua vez, os Plane Ticket apresentam o seu terceiro álbum, Navigator, “inspirado no trajecto sonoro da banda, formada em Agosto de 2011, que cresceu a ouvir as guitarras dos anos noventa sem esquecer os sons que ecoaram ao longo dos anos oitenta”. O quarteto de Torres Vedras tem percorrido o país de Norte a Sul, com inúmeras solicitações que fazem desta banda uma forte presença no panorama do rock nacional.
A abertura do festival cabe ao som jovem e irreverente dos Wave Flow. A banda vilaverdense é liderada pelo músico Zé Pedro Ribeiro, que se apresenta ao público num novo registo musical. Apesar da tenra idade, já não é nenhum novato nestas andanças e conta com muitas horas de experiência tanto no palco como no estúdio.
Presença habitual nas actividades da Bullire – Associação Cultural de Vila Verde, o DJ Pedro Ferreira ficou com a responsabilidade de encerrar o Rock no Espeto 2017 e garantir que a energia contagiante da música continua fazer o recinto vibrar mesmo depois dos concertos.