A cor verde que apresenta o rio Cávado deve-se afinal a obras que a EDP realiza na Barragem da Caniçada e resulta da “refracção” da luz sobre a argila em suspensão. A ‘energética’ assegura que tem em curso a monitorização da qualidade da água.
Contactada pelo PressMinho/O Amarense, a EDP explica que na sequência da execução de uma obra de construção do descarregador de cheia complementar no Aproveitamento Hidroeléctrico de Caniçada, decorrente de uma “imposição legal”, ocorreu “uma movimentação de solos que provocou o aumento da concentração de sólidos suspensos na água, com um efeito visual imediato na envolvente da zona de trabalhos, que se estendeu à albufeira, à tomada de água da central e, consequentemente, ao rio Cávado para jusante da zona de restituição do aproveitamento”.
“A coloração da água observada resulta da refracção da luz sobre da argila em suspensão, prevendo-se que seja um efeito temporário”, adianta fonte da empresa.
“Além do Plano de Gestão Ambiental da Empreitada (PGA), que foi exigido contratualmente pela EDP à Mota-Engil (a empresa à qual foi adjudicada a empreitada), está já previsto um conjunto de medidas para minimizar os impactos da obra em curso”, explica a mesma fonte, referindo que apesar da monitorização da qualidade da água da albufeira da Caniçada que está a ser efectuada, “foi definido um programa mais alargado de monitorização” de qualidade da água do Cávado, cujos resultados “não revelaram, até à data, qualquer situação anómala”.
Com o intuito de “minimizar” os efeitos decorrentes destes trabalhos, a EDP, em articulação com a Mota-Engil, encontra-se a desenvolver “todos os esforços no sentido de executar estes trabalhos no menor prazo possível, tendo reforçado os horários de trabalho e os meios afectos” à obra”.
A mesma fonte sublinha que a EDP “promoveu já a realização de uma campanha extraordinária de monitorização da qualidade da água, específica para avaliação dos efeitos registados”.
FG (CP 1200)