Johan Galtung, norueguês de 86 anos e ativista da paz, está sexta-feira em Portugal, na Universidade do Minho, para uma rara palestra sobre o passado e o futuro da humanidade.
A sessão é às 10h00, no auditório B1 do campus de Gualtar, em Braga, e tem entrada livre. A moderação cabe a Maria do Céu Pinto Arena, do Centro de Investigação em Ciência Política da UMinho, organizador do evento.
De acordo com a Reitoria, a iniciativa é considerada “uma oportunidade única para ouvir uma figura ímpar na área da paz e da resolução de conflitos”, numa fase de terrorismo global, da ‘guerra fria’ EUA-Coreia do Norte, do independentismo na Europa e de migrações em massa (Médio Oriente, Myanmar). Johan Galtung foi decisivo na prevenção da violência em 45 conflitos armados ao longo das últimas quatro décadas.
É mundialmente conhecido como fundador da disciplina ‘Estudos da Paz’ e mentor na mediação e transformação de conflitos a nível teórico e prático. Criou o conceito ‘construção da paz’ (‘peacebuilding’), apelando à criação de sistemas para a paz sustentável, além dos conceitos ‘violência estrutural’, ‘paz negativa’ e ‘paz positiva, que influenciam gerações de investigadores.
Johan Galtung é doutorado em Matemática e Sociologia, doutor honoris causa em dez universidades e professor honorário em quatro universidades.
Lançou o Instituto de Pesquisas da Paz em Oslo, em 1958, o Journal of Peace Research, pioneiro na área, cofundou o Nordic Intitute for Peace Research, criou e foi reitor da Universidade Transcend, a primeira academia online sobre estudos da paz, bem como fundou e dirige a Transcend International, uma rede sem fins lucrativos para a paz, o desenvolvimento e o meio ambiente, com membros em mais de 70 países.
É ainda consultor de várias agências da ONU e já venceu o Right Livelihood Award (Prémio Nobel Alternativo), dentre uma dezena de prémios. A sua vinda à UMinho tem o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Luís Moreira (CP 8078)