A incúria com os incêndios florestais que levou este ano à morte e sofrimento de muitos portugueses juntou nesta tarde de sábado, em Braga, mais de mil manifestantes, que em sucessivas palavras de ordem foram desfilando pelo centro histórico da cidade.
O desfile começou na Praça da República (Arcada) e seguiu até à Praça do Município, à volta da Fonte do Pelicano, frente aos Paços do Município de Braga, tendo sido lidos poemas, enquanto eram exibidos cartazes e panos com dísticos lamentando-se a situação que provocou a morte de mais de uma centena de portugueses em cerca de quatro meses e onde se preconizava menos dinheiro para o sistema financeiro e mais para a protecção civil e as corporações de bombeiros, bem como a contratação de mais guardas-florestais que segundo a organização, “foi uma classe extinta aquando do Governo de Sócrates”.
Miguel Fonseca e Inês Sampaio, que fizeram parte do grupo promotor da manifestação, afirmaram ao PressMinho / O Vilaverdense que “o essencial é o combate, a prevenção e a educação, o que começa neste caso com o ensino às crianças e também aos adultos, a fim de evitarem-se estas catástrofes”.
De acordo com ambos os jovens, “em termos de prevenção deve fazer-se a limpeza das matas e reactivar os guardas-florestais, que têm um papel muito importante, bem como revogar a lei que o PSD e o CDS fizeram liberalizando a plantação de eucaliptos”.
“Quanto ao combate aos incêndios florestais, tivemos aqui este ano na região meios, como viaturas de bombeiros com mais de 20 anos e algumas que até já nem sequer se conseguem reparar, sendo necessário o Estado investir mais em meios para combater os incêndio, com meios próprios, em vez de contratar aviões de privados”, acrescentaram Miguel Fonseca e Inês Sampaio.
JG (CP 2015)