O município de Braga definiu como objectivo a nova redução do tarifário da AGERE – Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga já em 2018. A intenção foi manifestada por Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, no final da reunião do executivo que teve lugar esta segunda-feira.
Na ocasião, a maioria PSD/CDS reprovou a proposta do PS de atribuição de 20 cêntimos em cada fatura mensal da AGERE, que seriam entregues aos Bombeiros Voluntários.
“Em momentos recentes investimos substancialmente no apoio à aquisição de viaturas, no apoio à elaboração da candidatura à requalificação do quartel, vamos ceder-lhes e realizar obras de adaptação no antigo quartel dos bombeiros municipais e já nos disponibilizamos para assumir quase 90 mil euros para a obra de requalificação. Já estamos a investir nos bombeiros voluntários uma verba muito substancial”, disse Ricardo Rio, citado pela Rádio Universitária, (RUM).
Segundo o autarca, a proposta de descida de 2,5% no preço da água já foi apresentada ao conselho de administração da empresa. “Este é um compromisso político assumido. Queremos continuar a libertar recursos e devolvê-los à comunidade através da redução dos tarifários”, disse Rio, referindo que este é o resultado de uma política amiga dos cidadãos e das instituições, possível graças ao modelo de “gestão rigorosa e eficiente” da empresa e a uma redução substancial dos custos fixos que “reverte em benefício dos bracarenses”.
Recorde-se que no último mandato autárquico o executivo municipal concretizou medidas como o tarifário bonificado para famílias numerosas e a redução da factura para as Juntas de Freguesia (20%) e para as IPSS’s (12,5%) do concelho, às quais se juntou, no ano passado, a redução do tarifário da AGERE em 2,5% para a generalidade de população, facto que se registou pela primeira vez em mais de duas décadas.
Para o autarca, esta política “cada vez mais amiga dos cidadãos e das instituições” tem vindo a marcar a diferença na nova forma de governação da cidade, com a Câmara Municipal a “exercer o seu poder maioritário para garantir que, além de ser uma empresa bem gerida, a AGERE preste um serviço social público relevante e ajustado às necessidades da população”.
EMPRESAS MUNICIPAIS COM NOVAS ADMINISTRAÇÕES
Na reuniâo do executivo, Ricardo Rio deu ainda conta da reconstituição dos conselhos de administração (CA) das empresas municipais, um facto que resulta da obrigação legal de aplicação da Lei da Paridade.
Assim, e no que se refere à InvestBraga, o CA passa a ser composto por Carlos Oliveira, por Carlos Silva e por Emília Vieira.
Na Bragahabit, regista-se a entrada de Goreti Machado, mantendo-se nos cargos o vereador Miguel Bandeira e Vítor Esperança.
Nos Transportes Urbanos de Braga, o CA passa a ser composto pelo vice-presidente da Câmara Municipal, Firmino Marques, seguido pelos administradores Teotónio dos Santos e Sandra Cerqueira.
Quanto ao Theatro Circo, mantêm-se no cargo Ricardo Rio (presidente do CA), Lídia Dias e Cláudia Leite.
No caso da AGERE, o Conselho de Administração será composto pelo presidente da Câmara (administrador não executivo), Rui Morais (administrador executivo em representação do município), esperando-se que o parceiro privado indique uma administradora.
Estes nomes terão agora rectificados pelas respectivas assembleias gerais das empresas municipais.
LM (CP 8078)