O governo está disponível para contabilizar o tempo de serviço aos professores, mas os acertos salariais só vão ser pagos a partir de 2019, ano de eleições legislativas.
O anúncio foi feito pela secretária de Estado Adjunta da Educação, Alexandra Leitão, que diz que a verba para pagar as correcções salariais que resultam das progressões do descongelamento “não está neste orçamento nem tinha que estar”.
Ou seja, nada vai avançar em 2018, sendo que no melhor dos cenários as progressões começarão a ser pagas em 2019. “O que fica aqui como garantia é a negociação sindical das condições, limites, termos e faseamento em essa correcção se fará”, frisou Alexandra Leitão.
Além disso, a governante frisou ainda que, tal como disse ontem o primeiro-ministro, “fazer a correcção dos anos em que o congelamento vigorou é algo difícil devido ao impacto financeiro enorme que isso comporta”. Segundo António Costa a contabilização de nove anos e meio de trabalho dos docentes para efeitos de progressão é de 630 milhões de euros.
PROF’S PODEM VOLTAR À RUA
Mário Nogueira afirmou, entretanto, que os professores esperam, após as declarações da secretária de Estado, que haja recuperação dos anos de trabalho. Caso contrário haverá “dez vezes os professores na rua”.
Mário Nogueira, da Fenprof, espera que as negociações agendadas para esta quinta-feira entre os representantes sindicais e o ministério sirvam para definir uma estratégia de recuperação dos anos de trabalho dos docentes em que as carreiras estiveram congeladas.
FG (CP 1200) com Sol