O governo vai avançar com a profissionalização dos bombeiros e cria núcleos nos 308 concelhos do país. A prioridade é para os municípios com maior risco de incêndio.
Em declarações ao jornal Público, um responsável do Governo, não identificado, revela que a intenção não é criar um novo corpo de bombeiros do Estado, mas sim desenvolver o que já existe criando novas carreiras.
O mesmo responsável sublinha que o país não pode continuar a ter bombeiros aparentemente profissionalizados, pagos pelo Estado, mas que depois não têm nem formação nem capacidade de resposta.
O objectivo, acrescenta, também não é desvalorizar a rede de bombeiros voluntários, composta por cerca de nove mil pessoas, que não pode ser nem ignorada nem desperdiçada.
Quanto à formação profissional, o responsável explica que ela vai passar a ser feita numa escola própria e integrada no sistema nacional de Ensino Superior e na rede de Politécnicos.
Por esclarecer fica a questão de saber se o executivo pretende integrar a Escola Nacional de Bombeiros no sistema nacional de Ensino Superior e se vão ser criados novos cursos nos Institutos Politécnicos ou se a solução passa pela manutenção de dois tipos de estrutura de ensino.
A resolução do conselho de ministros aprovada no mês passado indica que a intenção é que os bombeiros profissionais tenham uma ligação umbilical com os voluntários.
FG (CP 1200)