O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, de Braga, procedeu, recentemente, a uma intervenção de conservação preventiva, levantamento e inventário do espólio do Recolhimento de Santa Maria Madalena e de São Gonçalo, vulgo Convento das Convertidas, na Avenida Central em Braga.
Fonte da Direção Regional de Cultura do Norte disse ao Vilaverdense/PressMinho que o Ministério da Administração Interna (MAI) pediu apoio técnico à Direção Regional de Cultura Norte, mas sublinhou que “o Convento é património do Estado, afeto ao MAI, pelo que questões relacionadas com intervenções ali realizadas, ou a realizar, devem ser remetidas à respetiva tutela”.
O organismo comentou, assim, a pergunta feita recentemente no parlamento pela deputada comunista, eleita por Braga, Carla Cruz, sobre a necessidade de obras nas Convertidas e no Mosteiro de Rendufe, em Amares.
As Convertidas foram alvo de uma resolução publicada quinta-feira em Diário da República, na qual a Assembleia da República pede ao Governo que desenvolva uma “estratégia de sensibilização para o estudo, divulgação e valorização” do edifício Recolhimento de Santa Maria Madalena, conhecido como a ‘Casa das Convertidas’.
Os deputados querem que o Governo proceda em “articulação e com o envolvimento do município de Braga”.
A ‘Casa das Convertidas’ é um edifício em estilo barroco com as paredes em alvenaria de pedra caiadas e cantaria em granito nos cunhais, cornijas, pináculos e frontões, apresentando ainda a pedra de armas de D. Rodrigo e um emblema do recolhimento.
Foi construído por iniciativa do arcebispo Rodrigo de Moura Teles, para instalar “mulheres pecadoras convertidas a Deus”, tendo sido inaugurado em 25 de abril de 1722.
O edifício foi classificado como Imóvel de Interesse Público a 07 de novembro de 2012.
Luís Moreira (CP 8078)