Um advogado de Vila Verde, João Silva, obteve esta terça-feira em Braga, uma absolvição, o que é raro acontecer, tratando-se da acusação de ofensas à integridade física contra um agente da autoridade logo em caso muito constado até porque circulou nas redes sociais.
André Xavier Lopes da Silva Fernandes, com 30 anos, solteiro, cabeleireiro, natural e residente em Braga, era acusado de ter agredido um agente da PSP de Braga, na tarde de 21 de Novembro, junto ao Palácio dos Correios, em Maximinos, Braga, mas o próprio Ministério pediu a absolvição, por entender que nada se provou quanto àquela acusação.
Segundo a versão do agente da PSP, que autuou esse e outro automobilista ambos terem estacionado os seus carros em cima da passadeira, o jovem terá tentado desferir-lhe um soco e empurrando-o quando o polícia exigiu a sua identificação e se colocou dentro do carro de onde o agente da autoridade teve também de retirar o auto da contra-ordenação.
Mas o jovem autuado, negando qualquer agressão ou sequer uma tentativa nesse sentido quando foi interpelado, pelo agente da PSP, disse aos magistrados que “o senhor agente, apenas quando eu lhe pedi a sua identificação por ele estar a falar alto comigo e até a ser arrogante, é que resolveu identificar-me e depois deu-me voz de prisão, humilhando-me, à frente de toda a gente que logo se juntou e depois dentro da Esquadra da PSP”.
Em face das versões discrepantes de ambos, o polícia ofendido e o jovem arguido, com um vídeo feito por telemóvel por um desconhecido, terão sido esclarecidas dúvidas, que jogaram a favor do arguido porque não é visível qualquer agressão ou até uma tentativa.
As duas testemunhas presenciais negaram peremptoriamente ter havido agressões ou um acto tendente a agredir, por parte do arguido, explicando um dos declarantes que “houve arrogância de parte a parte”, o que foi ao encontro da versão do automobilista, que disse ter de facto “sido arrogante”, afirmando “responder na mesma moeda ao senhor agente da PSP, porque foi ele quem começou por ser arrogante, mas nada fiz, para além disso”.
O advogado João Silva afirmou a O Vilaverdense que “fez-se justiça, porque nada ficou provado contra o meu cliente, de tudo quanto lhe era imputado na participação da PSP de Braga e que as situações narradas pela Polícia de todo não correspondem à verdade”.
JG (CP 2015)