Os deputados do PCP e Bloco de Esquerda defendem esta na quinta-feira no parlamento que as escolas voltem a gerir as cantinas, mas a tutela considera que é “difícil” reverter os contratos celebrados recentemente com privados.
No entanto, segundo dados do ME, os privados estão presentes na maioria dos refeitórios escolares: dos 1.148 refeitórios em funcionamento nas escolas de 2.º e 3.º ciclos e secundário, 776 são de gestão adjudicada, 548 de gestão directa e 24 de gestão autárquica.
As polémicas em torno das refeições escolares levaram os partidos políticos a apresentar iniciativas legislativas para corrigir os problemas.
Na quinta-feira, o Bloco de Esquerda vai defender a possibilidade de as escolas poderem “recuperar a gestão das cantinas” e o PCP vai recomendar ao Governo o “regresso da exploração das cantinas à gestão das escolas quando haja lugar a rescisão de contrato por falta de cumprimento do caderno de encargos bem como no final dos contratos de concessão”.
Em declarações à Lusa, a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, considerou que este é um processo “difícil, uma vez que foram agora celebrados contratos” para os próximos três anos lectivos.