Um pouco por todos os Estados Unidos há profissionais da área da saúde mental a alertarem para a instabilidade do presidente norte-americano.
Numa carta enviada ao congresso, os psiquiatras dizem que há muito que Donald Trump excedeu os parâmetros que, numa situação normal, o levariam a ser internado para avaliação. Como ocupa o cargo de presidente isso não é possível.
Lee Bandy, psiquiatra especialista em violência e professora na Universidade de Yale, defende que Trump deve ser submetido a um exame psicológico. Ela considera que há muitos sinais de que ele pode não ter a capacidade para assumir as funções que o cargo exige.
Nos Estados Unidos, todos os militares ou pessoal civil que trabalhe nas forças armadas são obrigados a fazer testes psicológicos. O mesmo acontece com muitos dos que têm empregos governamentais. Já para os candidatos às presidenciais esses testes não são obrigatórios. Lee Bandy defende que, perante o que se está a passar, essa lei deve ser alterada.
A psiquiatra defende que Donald Trump é “conhecido por ser impulsivo, imprudente, tem uma noção distorcida da realidade, tem reacções de raiva, parece atraído pela violência, incita à violência nos outros e fica muito zangado e enfurecido”. Resumindo, esta médica em Yale defende que o presidente dos Estados Unidos é um perigo para o país e para o mundo.
A mesma opinião tem Leonard Glass, psiquiatra e professor em Harvard. Ele diz que Donald Trump não consegue lidar com as frustrações de uma forma saudável: “Ele é muito sensível em relação a qualquer coisa que entenda como um insulto ou como um desprestígio. Ele tende a reagir de forma impulsiva, sem reflectir e de uma forma que apenas agrava as situações. Isto é muito preocupante porque o senhor Trump tem muito poder, controla as nossas armas nucleares, é o comandante supremo das forças armadas e parece que encara tudo de forma pessoal. Ele vê todos os acontecimentos como um desafio à sua confiança, poder e inteligência e por isso reage como uma criança e não como um adulto maduro que resolve problemas com a ajuda de outros.”
Esta é a primeira vez que profissionais da área da saúde mental falam de uma figura pública. Há um código ético que os impede, mas Leonard Glass diz que estão apenas a cumprir uma obrigação.
“Muitos de nós pensam que temos o dever avisar o povo de que aquilo que vêm e que podem não perceber são afinal sinais de uma doença mental perigosa de alguém que revela todos os traços de uma pessoa propensa à violência. Nós temos a obrigação de avisar quando um dos nossos doentes se pode tornar perigoso. Ele não é nosso paciente mas como médicos especialistas temos a obrigação de compreender os padrões de comportamentos violentos e de chamar a atenção do público”.
Fonte: TSF