De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o cannabidiol – uma das 113 substâncias químicas canabinoides encontradas na planta Cannabis – tem uso terapêutico, não existe risco de gerar dependência como ocorre com outras substâncias canabinoides.
A OMS emitiu uma recomendação pública para não catalogar o cannabidiol (CBD), um princípio activo da canábis, como droga, informou a empresa HempMeds México. “A evidência recente de estudos em animais e humanos mostra que o uso do cannabidiol poderia ter algum valor terapêutico para convulsões relacionadas com epilepsia e outras condições relacionadas”, afirmou a OMS, segundo o comunicado da HempMeds.
De acordo com aquela agência das Nações Unidas, quando o cannabidiol tem uso terapêutico, não existe risco de gerar dependência como ocorre com outros canabinoides.
Raúl Elizalde, presidente de HempMeds México, empresa que vende e distribui produtos derivados de canábis nos Estados Unidos, defendeu na OMS o uso medicinal da planta durante a 39.ª reunião do Comitê de Especialistas em Farmacodependência em Novembro, escreve a agência de notícias espanhola Efe.
Elizalde falou do caso de sua filha Grace, que sofre da síndrome de Lennox-Gastaut. A jovem tinha 400 ataques epilépticos por dia, por isso pediu autorização no México para importar o cannabidiol como tratamento. Foi a primeira a consegui-lo.
Hoje, Grace toma cannabidiol puro, importado dos Estados Unidos, e as suas convulsões diminuíram em 90%, segundo Elizalde.
Por outro lado, também o médico Stuart Titus, presidente-executivo da Medical Marijuana, diz que a indústria espera que esta recomendação “facilite o acesso a produtos derivados de CBD para melhorar a qualidade de vida” de milhares de doentes.
De acordo com a OMS, a canábis é a droga ilícita mais consumida em todo o mundo.
Fonte: Lifstyle