O prefeito de câmara de Porto Alegre, onde o julgamento de um recurso do ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva será realizado, pediu esta quinta-feira reforços do exército para garantir a segurança no dia desta audiência.
O julgamento está agendado para 24 de Janeiro, no Tribunal Regional Federal da Quarta Região, sediado em Porto Alegre, e grupos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT), formação política do ex-Presidente Lula da Silva, e movimentos sociais têm anunciado que farão protestos em defesa do político nesta cidade.
Temendo confrontos, o prefeito de câmara de Porto Alegre, Nelson Marchezan, enviou um pedido oficial ao Presidente brasileiro, Michel Temer, para ter reforços do Exército e da Força Nacional de Segurança na cidade.
Em comunicado, o prefeito de câmara de Porto Alegre explicou que o seu objectivo é “garantir a segurança da população e a preservação da propriedade pública, especialmente na área central da cidade, durante o julgamento”.
“Dada a explícita ordem para a ocupação de espaços públicos por milhares de membros de movimentos políticos e sociais, é nosso dever de exigir a acção das forças de segurança para preservar a integridade dos cidadãos e de propriedade pública”, argumentou.
Nas redes sociais, Nelson Marchezan escreveu ainda que decidiu solicitar reforços porque “os líderes políticos do PT convocaram uma invasão (de manifestantes) em Porto Alegre”.
O ex-Presidente brasileiro foi condenado em primeira instância, em Julho do ano passado, a nove anos e meio de prisão num julgamento no qual foi acusado de ser favorecido por uma das empresas de construção que mantinham contratos ilícitos com a Petrobras.