Durou quase um ano, mas, como tudo na vida, vai acabar. O Tribunal de Braga marcou esta sexta-feira para 27 de Fevereiro a sentença do julgamento dos 47 arguidos de um processo por corrupção em exames de condução no antigo Centro de Exames da ANIECA (actualmente, Associação Nacional das Escolas de Condução), em Vila Verde.
O colectivo de juízes ouviu, está sexta-feira, as alegações finais dos advogados dos principais arguidos, os nove examinadores da ANIECA. Estes defensores pediram expressamente ao colectivo de juízes para serem os últimos a alegar, por precisarem de tempo para o fazer. E consideraram não haver provas de que terão praticado os crimes.
Em Novembro e em Dezembro, a generalidade dos advogados de defesa havia já alegado que o julgamento chegou ao fim sem que se tenham obtido provas concludentes.
Conforme o VilaVerdense/PressMinho noticiou, o Ministério Público (MP) do Tribunal de Braga pediu, em Novembro, nas alegações finais, a condenação de 45 dos 47 arguidos pela prática de 136 crimes, 77 desses crimes, por corrupção passiva para acto ilícito, terão sido praticados por nove examinadores; 35 dentre eles, corrupção passiva para acto ilícito, terão sido praticados pelo examinador Joaquim Oliveira, e os restantes 42, pelo outros oito examinadores.
O MP considerou, ainda, que terão sido praticados 30 crimes por seis proprietários e instrutores de escolas de condução da região e por um agente da GNR, este indiciado por três crimes de corrupção activa.
Defendeu a absolvição de dois arguidos, uma instrutora e uma aluna, e a condenação de 29 outros instruendos que terão pago para serem beneficiados nos exames. Considerou, ainda, que o tribunal deve atenuar a pena a um instrutor, de apelido Rodrigues, que colaborou com a investigação.