A Câmara de Braga aprovou, esta segunda-feira, o novo tarifário do fornecimento de águas residuais e gestão de resíduos sólidos urbanos, através da firma AGERE, que se traduz-se numa redução média de 2,5 por cento.~
A medida teve o voto contra dos três vereadores do PS, liderados por Miguel Corais e a abstenção do PCP, Carlos Almeida.
Os socialistas justificaram o voto com o facto de a AGERE ter condições económico-financeiras suficientes para uma descida maior, dado os lucros conseguidos nos anos anteriores.
Já Carlos Almeida disse que é a favor da descida, mas criticou a “complexificação da tabela de preços, com aumentos para os consumidores com apoios sociais, para as famílias numerosas e para as ipss’s, instituições de social.
“Criam-se novos escalões, o preço aumenta e depois há um desconto. O que não se entende”, frisou.
O administrador da firma municipal, Rui Morais – presente na reunião justificou a “complexificação” com o que chamou de uniformização de tabelas, frisando que, para além da queda do valor dos serviços da água em 2,5%, também o custo dos resíduos não domésticos é reduzido em 5%.
O tarifário de resíduos domésticos mantém-se congelado desde 2014. No que se refere aos serviços de saneamento, “a descida do tarifário – referiu foi substituída pela constituição de uma reserva, que corresponde a 2,5% do tarifário de 2017, e que servirá para fazer face ao investimento previsto num- a nova ETAR, reduzindo, assim, o risco de um possível ajuste em alta do tarifário aquando daquele investimento”.
A descida – disse – “é resultado dos crescentes ganhos de eficiência destes quatro últimos anos, e procura reduzir a diferença entre os preços reais do custo destes serviços e os valores que são cobrados aos consumidores, não pondo em causa os investimentos realizados e os que estão por realizar em infraestruturas e sua conservação, manutenção e substituição.
Luís Moreira (CP 8078)