Lula agiu por acção e omissão para prática criminosa” e a sua “culpabilidade é extremamente elevada”, concluíram dois dos três juízes do tribunal de recurso.
Dois dos três juízes do tribunal que está a analisar o pedido de recurso de Lula da Silva confirmam a condenação por corrupção do antigo Presidente do Brasil.
Os desembargadores Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen consideram que histórico dirigente do Partido dos Trabalhadores, de 72 anos, é o verdadeiro proprietário de um apartamento de luxo, em Guarujá, que será uma contrapartida por favorecimento a uma construtora.
Primeiro foi o relator Pedro Gebran Neto a manter a condenação por corrupção passiva e a pedir um agavamento da pena aplicada a Lula da Silva, de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês de prisão.
“A culpabilidade de Lula é extremamente elevada”, declarou Gebran Neto.
Horas depois, o juiz Leandro Paulsen também votou pela manutenção da condenação aplicada ao antigo Presidente brasileiro.
“Lula agiu por acção e omissão para prática criminosa”, concluiu Leandro Paulsen.
Lula da Silva ainda pode recorrer para os tribunais superiores.
O recurso desta quarta-feira foi antecedido de manifestações a favor e contra Lula da Silva, que se pretende candidar às próximas eleições presidenciais.
Em Julho do ano passado, Lula da Silva foi condenado pelo juiz do caso “Lava Jato”, Sérgio Moro, a nove anos e seis meses de prisão.
O antigo Presidente foi considerado culpado dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Sérgio Moro considerou que o ex-líder do Partido dos Trabalhadores recebeu subornos no valor de 3,7 milhões de reais (cerca de um milhão de euros) da construtora OAS.
Em causa está um apartamento triplex na zona do Guarujá, no estado de São Paulo, que terá servido como pagamento da construtora a Lula da Silva.
O apartamento foi o pagamento por obras atribuídas à construtora OAS pela petrolífera estatal Petrobras.
O ex-Presidente sempre negou todas as acusações contra si e declarou, em diversas oportunidades, que é vítima de perseguição de membros da operação Lava Jato e do aparelho judicial brasileiro.
Fonte: Renascença