A asma afecta cerca de 700 mil portugueses. O controlo da doença permitiria uma poupança anual de 184 milhões de euros em Portugal, alertam médicos.
Para quem nasceu nos anos 1970 ou 1980, o Vitinho dispensa apresentações porque faz parte do imaginário de uma geração que se habituou a vê-lo antes de ir para cama, aceitando os seus conselhos para uma noite descansada.
Para os restantes, ficam os registos que a internet não deixa esquecer, de uma personagem animada que está de volta, agora com conselhos sobre a asma. Por ocasião do Dia Mundial da Asma, que se assinala a 1 de Maio, o Instituto Mundipharma devolve o Vitinho à ribalta, na nova edição da Campanha ‘Que a Asma não te Pare’, que visa sensibilizar os doentes para a importância de ter a doença controlada.
Quase metade dos asmáticos portugueses não têm a doença controlada (43% da população geral e 51% da população pediátrica).
Dados de um estudo do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde revelam que o aumento do controlo da asma permitiria uma poupança de cerca de 184 milhões de euros por ano em Portugal, o representaria uma redução de 20% na despesa global com a doença.
Ajudar a mudar estes números é a tarefa do Vitinho, numa campanha que inclui um vídeo animado, onde são descritos alguns dos sintomas da doença e a importância da criação de hábitos para a adesão à terapêutica. É que a asma, quando controlada, não tem que ser sinónimo de restrições ou limitações, não tem que impedir idas à escola ou ao trabalho, a prática de atividades desportivas ou uma vida normal.
A campanha pretende transmitir estas mensagens, pois como afirma o médico e Professor João Fonseca, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), “a melhoria do controlo da asma também passa pela realização de esforços concertados na melhoria da literacia de saúde da população”.