O concelho de Braga registou um aumento muito significativo, subindo para o sétimo lugar a nível nacional com 1.500 milhões de euros de exportações, valor representa um crescimento de 101% face ao ano 2013 e de 35% face a 2016.
Estes números, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), foram avançados esta sexta-feira por Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, durante o Fórum Económico, evento realizado no âmbito da 3.ª semana de Economia de Braga.
“Felizmente para Braga, a realidade é ainda melhor do que esta estatística [do INE]. Há uma empresa localizada no concelho de Braga que exporta 510 milhões de euros, mas que tem sede em Lisboa, não entrando por esse motivo nesta estatística. Portanto, em termos do impacto real na economia, Braga exporta mais de dois mil milhões de euros e assume-se como o terceiro maior município exportador do país”, referiu Carlos Oliveira, atribuindo o mérito destes “resultados extraordinários” ao “dinamismo dos empresários e empresas instaladas no concelho”.
“ECONOMIA DE FUTURO”
“Braga possui agora uma economia de futuro, assente na inovação, no capital humano e no conhecimento enquanto motores deste crescimento económico que gera riqueza e bem-estar”, acrescentou.
“Ancorados nos centros de desenvolvimento e investigação, essenciais para o desenvolvimento sustentado, estamos a passar de uma economia do ´made in´ para o ´inventado em Braga´”, realçou, salientando a qualidade das infra-estruturas disponíveis no concelho para suportar a actividade económica, com realce para as valências do Forum Braga.
Quanto ao PIB, Braga está a crescer 1% acima da média da Península Ibérica, de acordo com o projectado pelo Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico para o período compreendido entre 2014-2026
“Neste período, em termos de média acumulada, Portugal cresceu 2,8%, a Península Ibérica 2,9% e Braga 3,9%”, assinalou.
MERCADO DE TRABALHO
No que se refere ao emprego, Carlos Oliveira sublinhou que desde 2014 foram criados 2 mil postos de trabalho por ano, o que representa um total de 8 mil empregos criados. “Este é um número que ultrapassa largamente o nosso objectivo inicial de criar 500 postos de trabalho por ano. Ainda assim, e porque sabemos que é pouco realista pensar que este ritmo de crescimento se manterá até 2026, mantemos este objectivo inalterado”, disse.
No que diz respeito ao empreendedorismo, a InvestBraga, através da Startup Braga, acolheu 115 startups na sua comunidade, que geraram mais de 400 postos de trabalho.
No total, foram apoiados mais de 270 empreendedores. As startups que fazem parte da comunidade da InvestBraga captaram um total de 27 milhões de euros de financiamento em capital de risco e business angels, ao qual acresce mais 2 milhões do Horizonte 2020 da União Europeia.
RIO: “VISÃO SUSTENTADA”
Na sessão de encerramento do Fórum Económico, Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, afirmou que “o trabalho de parceria e de auscultação dos diversos agentes, com vista à persecução destes objectivos comuns, tem sido determinante para a afirmação da capacidade económica do concelho.
“Com base numa visão sustentada e com consciência dos passos a dar, percebemos as aspirações e objectivos dos agentes do território e temos conseguido articulá-los num ambiente propício para que os resultados positivos surjam”, referiu.
O autarca adiantou ainda que as perspectivas de crescimento são “muito optimistas”.
“No próximo ano esperamos ter o mesmo ritmo de crescimento do emprego e um volume mais acelerado dos negócios e exportações, com os cidadãos a beneficiarem de oportunidades económicas reforçadas e de um mais fácil acesso ao mercado de trabalho”, garantiu, adiantando que “o principal indicador do sucesso do trabalho desenvolvido continuará a ser a melhoria da qualidade de vida das populações nas suas mais diversas vertentes”.
FG (CP 1200)