O Parlamento Europeua aprovou esta quarta-feira a proposta, já conhecida, sobre a sua futura composição, que reduz a dimensão da assembleia após o Brexit e garante que nenhum Estado-membro perde lugares. No caso português, os eleitores continuarão a eleger 21 eurodeputados – sendo que Portugal é um dos 13 Estados-membros que manterão o número de representantes no Parlamento Europeu, de onde resulta que 48% dos países do agregado não verão a sua representação aumentar.
Um dado importante, uma vez que nenhum país verá a sua representação diminuir (se se excluir o Reino Unido, bem entendido), ao mesmo tempo que 52% dos países ficará numericamente mais representado.
Merece a pena observarem-se as alterações em termos de peso as alterações em termos de peso: como o número total de deputados desce, mesmo os países que mantém a eleição do mesmo número de eurodeputados vêm a sua representação aumentar de peso em termos percentuais. No caso de Portugal, por exemplo, os 21 deputados representavam 2,7% do total de eurodeputados, passando agora para 2,9%.
A Alemanha mantém igualmente a eleição de 96 deputados, cujo peso passa de 12,7% para os 13,6%. Mas é no caso dos países cujo número de deputados a eleger cresce, que o peso relativo mais sobe. Estão neste grupo a França, Itália, Espanha e Holanda.
A França elegia 74 deputados, passando agora a eleger 79. O seu peso relativo no Parlamento Europeu passa de 9,8% para os 11,2%. A Itália elegia 73 deputados, passando para os 76, o que representa um crescimento relativo dos 9,7% para os 10,7%.
No que se refere a Espanha, que elegia 54 deputados e agora elege 59, o seu peso passa de 7,1% para 8,4%. Finalmente, a Holanda, que elegia 26 deputados e passa a eleger 29, vê a sua posição relativa crescer dos 3,4% para os 4,1%.
Fonte: Jornal Económico