O PS de Vila Verde, pela voz da deputada municipal Deolinda Pimenta, apresentou esta quinta-feira uma recomendação na Assembleia Municipal para que a Câmara faça todos os esforços para que a extensão de saúde do Vade continue a funcionar naquela União de Freguesias durante o período de obras.
“Durante o período em que vão ser realizadas as obras no Posto de Saúde da Portela do Vade, os utentes desta unidade de Saúde reclamam que os serviços médicos continuem a ser prestados na sua terra, num espaço alternativo”, disse a socialista.
Por isso, considerando “que este desejo e esta reivindicação são legítimos, que a ARS Norte não se opõe a esta pretensão das gentes do Vade, desde que reunidas as condições técnicas necessárias e sendo a Câmara Municipal de Vila Verde a dona da obra”, questionou António Vilela se “está disponível para criar as condições necessárias para que a ARS Norte possa manter os serviços de saúde no Vade”.
“A bancada do PS exorta e recomenda à Câmara que responda positivamente aos anseios legítimos da população do Vade, de modo a que possa receber na sua terra os cuidados de saúde primários”, apontou.
Na resposta após a interpelação, o presidente da autarquia, António Vilela, disse que os espaços apresentados como alternativa, o pavilhão multiusos e a Casa do Povo, não foram aceites pela ARS Norte, por não reunirem as condições técnicas, tal como O Vilaverdense” então noticiou.
Por isso, segundo o autarca, os responsáveis da ARS Norte sugeriram a utilização do Centro de Saúde de Vila Verde. “Face a esta circunstância não tínhamos alternativa que não fosse essa, a não ser criar uma unidade provisória na Portela do Vade, com custos elevadíssimos”, apontou.
Vilela acrescentou que, juntamente com a Junta de Freguesia, vai ser disponibilizado transporte aos utentes que dele necessitem e que os actos administrativos, como marcação de consultas, poderão ser feitos no Espaço do Munícipe do Vade.
Em comunicado, o PS diz que “o presidente da Câmara continua a dar resposta negativa aos anseios da população do Vade em manter o serviço de saúde na freguesia, no período em que decorrem as obras”.
“Nega tal possibilidade e acredita-se que a decisão do presidente da Câmara e do executivo PSD se prende unicamente com razões económicas, o que será um contrassenso pois o investimento para a manutenção dos serviços no Vade é muito inferior ao que se gasta, por exemplo, na gala namorar Portugal”, criticam os socialistas.
Ricardo Reis Costa (CP 10 478)