Previa-se que custasse 32 milhões. Mas ‘novo’ estádio de Braga custou já 157 milhões de euros. A soma foi feita pelo Tribunal de Contas e consta da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal que condenou o Município a pagar às empresas Souto Moura -Arquitectos, Lda., e à Associados – Projectos de Engenharia, SA o montante de 2, 59 milhões de euros, a que acrescem 11 anos de juros. Quatro milhões, no total.
O JN desta terça-feira escreve que o Tribunal deu razão aquele consórcio que, em 2006, reclamou três milhões de euros de honorários a mais no projeto arquitetónico do Estádio, construído para o Euro 2004.
A estes 157 milhões, acrescem 20 milhões, ou seja, o preço final sobe para 177 milhões, em consequência de três sentenças judiciais: quatro milhões a pagar à firma de arquitetura/engenharia; seis milhões ao consórcio ASSOC/Associados (de trabalhos a mais na obra) e um terceiro de 10 milhões (por razões idênticas) que está pendente de recurso camarário no Tribunal Central Administrativo do Norte, e que, atendendo a que o Município já foi condenado duas vezes em julgamento na primeira instância, deve culminar com a confirmação da sentença.
Ao que o PressMinho/O Vilaverdense soube, falta ainda pagar 30 dos 157 milhões de euros. Verba que a Câmara vai liquidando ao ritmo de 7,5 milhões por ano. Uma “fortuna”, diz fonte camarária.
E falta ainda pagar os 20 milhões de sentenças judiciais, o que será feito após o Tribunal determinar o montante exato, ‘ao tostão’, em execução de sentença.
Souto Moura e Rui Furtado, que receberam 3,75 milhões da Câmara e aceitaram um ‘preço fixo’, vieram dizer em Tribunal que o acordo sobre esse montante celebrado em 2000 com o ex- Presidente da Câmara, Mesquita Machado se referia a uma primeira proposta, “de custos muito menos elevados”.
Luís Moreira (CP 8078)