Os pacotes individuais de açúcar vendidos nas prateleiras e nos espaços de restauração dos supermercados vão ter menos quantidade a partir de 2020, segundo um acordo entre a Direcção-Geral de Saúde e o sector da distribuição.
O compromisso de redução dos actuais cinco/seis gramas para quatro é assinado esta quinta-feira com o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.
O director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, Pedro Graça, disse à agência Lusa que se esperam efeitos na redução do consumo e de doenças como a diabetes, menos desperdício de “toneladas de açúcar deitadas fora” em pacotes que ficam com restos e menor necessidade de importação.
“O objectivo é envolver a indústria da distribuição na promoção da saúde, não só pelo que se consome dentro dos próprios supermercados, mas também nos pacotes de açúcar”
No protocolo, estabelece-se que a partir de 31 de Dezembro de 2019 deixam de ser produzidas doses individuais de açúcar que excedam os quatro gramas.
Em 2016, o Ministério da Saúde e as associações da indústria alimentar já tinham adoptado um limite de volume, passando de oito gramas para um máximo de cinco a seis gramas.
Pedro Graça indicou que fora do compromisso estão ainda fabricantes de produtos como bolachas ou biscoitos, mas que no prazo de “dois a três anos” se espera que também comecem a reduzir a quantidade de açúcar.