Os fogos que lavram na Grécia, alguns perto da capital, Atenas, provocaram a morte a pelo menos 74 pessoas e fizeram mais de 178 feridos, alguns em estado crítico, segundo um novo balanço das autoridades avançado pela Reuters.
O número de mortos aumentou depois da Cruz Vermelha ter encontrado 26 corpos na aldeia de Mati. Antes disso, a guarda costeira grega tinha recuperado quatro corpos no mar, a uma curta distância dos incêndios.
As chamas levaram a que muitos turistas e também cidadãos gregos fugissem do fogo para as praias a leste de Atenas. “Eles tentaram encontrar um caminho de fuga mas infelizmente estas pessoas e os seus filhos não conseguiram. Instintivamente, vendo o fim aproximar-se, abraçaram-se”, explicou à BBC Mikos Economopoulos, o líder da Cruz Vermelha grega.
Os incêndios devastaram casas, destruíram viaturas e obrigaram a diversas evacuações, com as autoridades a declararem o estado de emergência e a pedirem ajuda europeia.
“É uma noite difícil para a Grécia”, disse o primeiro-ministro Alexis Tsipras que antecipou o seu regresso para Atenas, depois de uma viagem à Bósnia-Herzegovina, para acompanhar a situação a partir do Centro de Coordenação Unificado. “Faremos tudo o que for humanamente possível para controlar os fogos”, garantiu Tsipras.
Centenas de bombeiros continuam a tentar controlar os grandes incêndios que assolam a Grécia desde o início da tarde de segunda-feira, mas os trabalhos estão a ser dificultados por ventos fortes.
Um dos incêndios, a cerca de 50 quilómetros de Atenas, obrigou à evacuação de três localidades, reduzindo a cinzas dezenas de casas e causando o encerramento ao tráfego durante dezassete quilómetros da autoestrada de Olímpia, que liga a capital com o Peloponeso.