O grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde recomenda que a formação em suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa seja alargada a vários grupos profissionais e a quem esteja a tirar a carta de condução.
O objectivo é que cada vez mais pessoas saibam lidar com paragens cardiorrespiratórias com recurso aos dispositivos instalados em locais públicos.
As recomendações do grupo de trabalho passam por formar forças de segurança – PSP, Polícia Municipal, GNR e Polícia Marítima, muitas vezes, os primeiros a chegar após um pedido de socorro, mas também nadadores salvadores, tripulação de aviões, tripulantes de ambulâncias (mesmo de transporte não urgente) e vigilantes de empresas de segurança.
Segundo avança o JN, este grupo defende ainda que a formação seja obrigatória para quem esteja a tirar a cartas de condução, seja qual for a categoria de veículos, e para os alunos do Ensino Secundário e dos cursos superiores de Ciências da Saúde e de Desporto.
Em declarações à TSF, o presidente da Associação Portuguesa de Escolas de Condução aplaude a ideia.
Quanto à localização dos desfibrilhadores automáticos externos, pretende-se que estes dispositivos passem a estar disponíveis nos locais onde passem em média pelo menos mil pessoas por dia.
Assim, centros comerciais, hotéis, monumentos, áreas de diversão, embarcações turísticas, comboios de longo curso, aeronaves comerciais ou ginásios também podem passar a estar equipados.
É referido ainda que o grupo de trabalho “detectou importantes lacunas” nos registos de casos e sugere a criação de novas bases de dados.
O relatório final do grupo de trabalho criado para estudar a requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa está em discussão pública.