O Governo admite reduzir o preço dos passes sociais nos transportes públicos de todo o país e não só nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, para que o valor a pagar não ultrapasse os 40 euros. O executivo de António Costa tenta ultrapassar as críticas de algumas autarquias excluídas deste processo.
Recorde-se, que Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, considerou esta segunda-feira, em entrevista à SIC Noticias, discriminatória a medida proposta pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medida, e logo seguida por Rui Moreira, autarca portuense.
Perante a intenção agora anunciada de alargamento da redução do preço dos passes a todo o país, Ricardo Rio acolhe a medida de forma positiva e pede que não se fique pelas intenções.
José Matos Fernandes garantiu que a medida, a ser incluída no Orçamento de Estado para 2019, será alargada a todo o país e suportada em parte pelos municípios.
O ministro do Ambiente estima que, a ser aprovada, a medida custe aos cofres do Estado cerca de 60 milhões de euros na AML e entre os 15 e os 20 milhões na AMP. Para o resto do país ficará entre os cinco e os 10 milhões de euros.
FAZER CONTAS
Já em declarações à TSF, o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios tem dúvidas acerca das estimativas do Governo para a atribuição de verbas nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em comparação com o resto do país.
“Espero que antes de qualquer processo legislativo haja uma análise concreta, matemática, àquilo que se passa em cada município”, pede Ribau Esteves.
Fernando Gualtieri (CP 1200)