O cantor e compositor Charles Aznavour, de 94 anos, morreu na noite de domingo, disse esta segunda-feira o seu assessor de imprensa, à agência francesa de notícias, AFP.
Aznavour, segundo a AFP, morreu no seu domicílio, em Alpilles, na Provença, no sul de França.
Charles Aznavour actuou a 10 de Dezembro de 2016, em Lisboa, no então Meo Arena, actual Altice Arena, culminando uma digressão internacional, que passara por mais de uma dezena de cidades. O cantor e compositor escreveu um fado para Amália Rodrigues, ‘Aïe mourir pour toi’, por quem confessara uma profunda admiração e amizade.
Charles Aznavour tinha já actuado em 2008 em Portugal, ano em que recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, e em que anunciara a sua retirada dos palcos, tendo realizado uma digressão mundial.
Cantor, actor e compositor francês de origem arménia, apontado pela imprensa como uma “lenda viva da ‘chanson française’, Charles Aznavour editou, em 2015, o álbum ‘Encores”, composto por inéditos de sua autoria, entre os quais uma homenagem a Edith Piaf e uma recriação de Nina Simone, tendo actuado, na altura, em cidades como Paris, Londres, Bruxelas e São Petersburgo, entre outras, num total de 12 concertos.
Com uma carreira de mais de 70 anos, Charles Aznavour escreveu mais de mil canções em francês, inglês, italiano, espanhol e alemão, vendeu mais de 180 milhões de discos, tendo partilhado o palco com cantores como Edith Piaf, Charles Trenet, Dalida e Yves Montand, entre muitos outros.