A nova Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, elegeu o combate à criminalidade económico-financeira como uma prioridade para o seu mandato e garantiu que o Ministério Público irá “zelosamente acompanhar” a fase de instrução da Operação Marquês.
“Elejo como uma das grandes prioridades do meu mandato – o combate à criminalidade económico-financeira, com particular enfoque para a corrupção, que se tornou um dos maiores flagelos susceptíveis de abalar os alicerces do Estado e corroer a confiança dos cidadãos no regime democrático”, disse Lucília Gago no discurso de tomada de posse, no Palácio de Belém.
A Procuradora-Geral da República aproveitou o seu primeiro discurso para falar da Operação Marquês, no qual o ex-primeiro-ministro José Sócrates está acusado de vários crimes económico-financeiros, para deixar claro que o Ministério Público vai “acompanhar zelosamente a tramitação” do processo na fase de instrução, dirigida por um juiz.
MARCELO ELOGIA JOANA MARQUES VIDAL
O Presidente da República defendeu que a nova Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, tem condições para “projectar e enriquecer” nos seis anos em que estiver no cargo “o marcante legado” da sua antecessora, Joana Marques Vidal.
Na cerimónia de posse, na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado insistiu que o titular deste cargo deve exercer um mandato único e disse que Lucília Gago irá, em nome dos portugueses, “servir por seis anos o interesse nacional”.
Segundo o Presidente da República, Lucília Gago demonstrou “relevantes qualidades pessoais e profissionais no decurso de uma longa e diversificada carreira no Ministério Público, também ela atenta à investigação criminal” e integrava já a Procuradoria-Geral da República.
FG (CP 1200) com TSF