O presidente da República apontou esta quarta-feira o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL),em Braga, como um “grande actor científico e de inovação”, atribuindo as “conquistas” da instituição à capacidade de “antecipação, cooperação e abertura”.
“Embora o INL comemore dez anos, parece que é muito mais, dadas as muitas conquistas e quão rápido se tornou um grande actor científico e de inovação, em Portugal, na Península Ibérica, e internacionalmente”, lê-se na mensagem enviada por Marcelo Rebelo de Sousa àquela instituição a propósito da celebração de uma década de existência do INL, assinalada esta quarta-feira.
Segundo refere o chefe de Estado, “o sucesso” do INL foi possível devido a quatro características principais: “Antecipação. O INL foi o primeiro laboratório do mundo dedicado às nanotecnologias, uma área que era bastante nova e desconhecida há algumas décadas, mas que se tornou presente de muitas formas na indústria e nas nossas vidas diárias. O INL mostra como é importante anteciparmos o futuro e prepararmo-nos, num tempo de mudanças rápidas e aceleradas”, aponta.
Em segundo, Marcelo Rebelo de Sousa refere a cooperação: “Esta dimensão também esteve presente desde o início no INL, para começar, devido ao facto de representar a convergência de dois grandes países: Portugal e Espanha. Além disso, também reúne pessoas com uma enorme diversidade de conhecimentos, experiências, nacionalidades e interesses”, explica.
A cooperação, salienta o também professor, refletiu-se também na “grande cooperação com a região, com as empresas, contribuindo para melhores soluções do ponto de vista tecnológico, ambiental e económico”.
A abertura é o terceiro ponto assinalado, referindo o presidente da República que “desde o início, tem sido uma marca do INL, estabelecendo ligações entre pessoas muito diferentes, de diferentes culturas, civilizações, perspectivas, indústria e academia, de sectores de alta tecnologia e mais tradicionais, e estando aberto para desenvolver uma parceria com todos eles, ao propor soluções novas e por vezes originais”.
Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa aponta o serviço: “Esta é uma instituição que tem como objectivo servir a comunidade. A comunidade científica, mas muito mais do que isso, as comunidades locais e regionais, não sendo um enclave que poderia estar localizado em qualquer lugar, estando, em vez disso, envolvido com as necessidades e as aspirações da comunidade em que estão localizados”, desenvolve.
O INL resulta da cooperação entre os governos de Portugal e Espanha, através de um Memorando de Entendimento que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal e o Ministério da Educação e Ciência de Espanha, assinado a 19 de Novembro de 2005.
Situado junto ao Campus de Gualtar da Universidade do Minho, o INL dedica-se à investigação na área das nanotecnologias, sendo local de trabalho de cerca de 230 investigadores de cerca de 30 nacionalidades.
O programa de pesquisa da instituição compreende quatro campos estratégicos de aplicação de nanociência e nanotecnologia: Monitoramento de Alimentos e Meio Ambiente, TIC , Energia Renovável e Saúde.