Há 76 mortos confirmados, dez mil casas consumidas pelas chamas e 1300 desaparecidos. Muitos deles são reformados que viviam em Paradise e não conseguiram deixar a vila a tempo de chegarem a um local seguro. O Presidente dos EUA esteve no local e elogiou a acção dos bombeiros
O último balanço das autoridades norte-americanas sobre os incêndios que devastam a Califórnia há mais de uma semana é de 76 mortos. Arderam mais de 10 mil habitações e a vila de Paradise foi destruída pelas chamas.
Donald Trump esteve este sábado na zona ardida e exprimiu a sua profunda tristeza ao visitar Paradise, onde viviam 27 mil pessoas, a maioria dos quais reformados.
“É muito triste de ver”, disse Trump durante a visita ao local, acompanhado pela responsável municipal local, Jody Jones.
Trump admitiu que o aquecimento global “pode ter contribuído um pouco” para a progressão fulgurante das chamas, mas “o maior problema é a gestão” [do território], disse na última em declarações à estação televisiva Fox News.
O fogo já destruiu 60 mil hectares no norte da Califórnia. No sul do estado, perto de Los Angeles, arderam cerca de 40 mil hectares, incluindo parte da célebre estância balnear de Malibu, onde se registaram pelo menos três mortos.
Nove mil bombeiros combatem o fogo nestas duas frentes. O estado da Califórnia é o mais populoso dos EUA, e o que tem mais imigrantes e indocumentados, atingidos pela política presidencial. O estado opõe-se em diversas frentes às políticas de Trump, da imigração ao meio ambiente, bem como à regulação das armas de fogo.
As chamas do mais mortífero incêndio da história da Califórnia (desde que existem registos) já consumiram mais de 570 quilómetros quadrados.