Três centenas de oficiais de Justiça participaram esta quarta-feira de manhã, em frente do Palácio da Justiça de Braga no ‘funeral’ da Justiça, momento simbólico que assinalou a greve de 24 horas decretada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ).
Na concentração, participaram funcionários dos vários tribunais de Braga, numa concentração de protesto de todos os oficiais de justiça da comarca em defesa de melhores condições de trabalho e de uma “carreira digna”. Também os núcleos do SFJ de Vila Verde, Amares e Barcelos marcaram presença.
No protesto participaram, ainda, os oficiais dos tribunais Judicial de Braga, Administrativo e Fiscal, de Família e do Trabalho, bem como dos de Barcelos, Famalicão, Guimarães, Vizela, Esposende, Fafe, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto.
O edifício foi encerrado e não houve julgamentos nem diligências, a não ser a que se prendem com os serviços mínimos, que visam, nomeadamente, casos de pessoas detidas ou outros processos urgentes e inadiáveis.
“RESPEITO E JUSTIÇA”
Gritando por ‘Respeito e justiça’, e tocando caixas de bombos puseram um caixão no local, para fazerem “o funeral político” do Ministério que acusam de não querer dar “uma carreira digna aos oficiais de justiça”.
Um dirigente do SFJ afirmou disse aos jornalistas que faltam mais de mil funcionários no sistema judicial, e manifestou-se esperançado nas negociações agendadas para esta sexta-feira em Lisboa no Ministério da Justiça: “estamos abertos ao diálogo mas exigimos o mesmo ao Governo. E não descansaremos enquanto o nosso estatuto não for revisto”, afirmou.
LM (CP 8078) com FG (CP 1200)