Verdadeiras maratonas. Pode ser a expressão usada para definir as mais recentes Assembleias Municipais de Terras de Bouro e a de esta sexta-feira não foi excepção. Quase cinco horas para abordar múltiplos assuntos e trocar algumas farpas, no dia em que Ricardo Gonçalves regressou ao lugar onde já foi presidente mantendo o estilo e o discurso.
Para a história ficam a aprovação dos dois empréstimos, por maioria, do plano e orçamento para 2019 também por maioria e da discussão à volta da taxa de IRS que passou com os votos do PSD/CDS-PP e dos presidentes da Junta.
A proposta apresentada pelo executivo municipal para a Taxa de IRS mantém o valor máximo de 5% porque, segundo Manuel Tibo, “o município ainda não está em condições de abdicar de qualquer tipo de verba”. Eduarda Pereira do Movimento ‘Terras de Bouro O Nosso Partido´ lembrou que “vivemos num concelho de baixa densidade, com muitos problemas e deveríamos dar o benefício a quem cá vive não os sobrecarregando com taxas no seu máximo”.
Ricardo Gonçalves do PS lembrou que “Terras de Bouro está a perder população, está a perder quadros e mesmo que tenha sido uma promessa eleitoral não faz sentido manter o IRS nos 5%. Está a prejudicar o concelho ao manter este valor”. Manuel Tibo lembrou que a taxa esteve “durante muitos anos nos 4% e não vi os problemas resolvidos nem o aumento da população”.
Quanto aos empréstimos, todos foram unânimes na pertinência dos investimentos programados mas o ‘TBNP’ pela voz de Eduarda Pereira lembrou “a capacidade de endividamento que fica no limite”, querendo Ricardo Gonçalves saber “qual o retorno de algumas obras previstas”.
Filipe Mota Pires questionou ainda o valor mensal de juros que o município irá pagar com todos os empréstimos, incluindo os que já tinham sido pedidos anteriormente: 37 mil euros. Isménia Loureiro, do PSD, saudou “o acto de arrojo e firmeza do presidente da Câmara em avançar com estas intervenções que não seriam exequíveis de outra forma”.
Pedro Antunes Pereira (CP 5930 A)