A Escola Secundária de Maximinos esteve, esta quinta-feira, sem aulas até às 10h30 horas, devido à greve dos assistentes operacionais, que se queixam que “são poucos” e que “estão exaustos”. Exigem a contratação de mais pessoal.
Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, explicou à Lusa que os assistentes operacionais não conseguem dar o “acompanhamento devido e necessário” aos cerca de 400 alunos, 21 dos quais com necessidades educativas especiais.
“Estamos a falar de cinco invisuais, de três com mobilidade em cadeira de rodas e de outros com deficiências bastante profundas, que exigem um acompanhamento muito próximo”, referiu.
Lembrou que se trata de uma escola “grande”, dividida em blocos, uma situação que “põe ainda mais a nu” a escassez de funcionários.
Segundo Orlando Gonçalves, a escola tem actualmente 14 assistentes operacionais, “quando, segundo as contas do próprio ministério, deveria ter 17”. “Mas, tendo em conta o elevado número de alunos com necessidades educativas especiais, serão precisos, pelo menos, uns 20”, explica.
Para o sindicalista, a escassez de funcionários “choca com a propaganda do Governo na chamada escola inclusiva”. “Falam em escola inclusiva, mas depois não dão os meios necessários para que essa inclusão seja efectiva e plena”, afirmou.