A requisição civil dos enfermeiros não inclui o Hospital de Braga. Os enfermeiros daquela unidade de saúde ficam, assim, fora da requisição civil decretada pelo governo esta quinta-feira.
Além do hospital bracarense, os hospitais de Gaia/Espinho e Garcia de Orta (Lisboa) também não estão abrangidos pela requisição civil.
A decisão, decretada pelo governo para tentar travar a greve dos enfermeiros nos blocos operatórios, abrange quatro centros hospitalares onde alegadamente não foram cumpridos os serviços mínimos: Centro Hospitalar e Universitário de S. João, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.
Já esta sexta-feira, a greve em blocos operatórios foi alargada ainda a três novos hospitais por um pré-aviso que já estava emitido desde finais de Janeiro: Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Hospital de Setúbal e Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
Deste modo, a greve em curso nos blocos cirúrgicos passa a abranger 10 hospitais, sendo que em quatro deles está decretada uma requisição civil.
PROVIDÊNCIA CAUTELAR
Entretanto, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) interpôs uma providência cautelar para suspender a requisição civil dos enfermeiros.
O anúncio foi feito esta sexta-feira no decorrer de um protesto de enfermeiros à porta do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Contactada pela TSF, a presidente da Associação Sindical Enfermeiros Portugueses, Lúcia Leite, não exclui avançar com mesma medida.
Esta quinta-feira, Lúcia Leite, disse que “foi arquitectado um plano para armadilhar esta greve” e acusou o Governo de estar “mais preocupado com as eleições do que com as reivindicações dos enfermeiros”.
Também a Federação Nacional de Enfermeiros Portugueses (FENSE) anunciou uma greve de zelo por tempo indeterminado. O protesto vai ter início depois do fim da greve cirúrgica, a 28 de Fevereiro.
FG (CP1200)