O Grupo Vilaminho, com sede em Braga, está distribuir um jornal por toda a cidade, cujo “objectivo é informar a população de Braga sobre a saga jurídica-legar que tem prejudicado os proprietários dos terrenos envolventes ao Aqueduto das Sete Fontes”.
Em jeito de editorial, a publicação intitulada ‘A Verdade das Setes Fontes’, aquele grupo imobiliário bracarense afirma que o jornal “não é contra ninguém”, embora refira que a “comunicação social tradicional vive espartilhada por constrangimentos” que “impedem um esclarecimento cabal” do que está em causa no ‘caso’ das Sete Fontes.
“Sentimos que fomos usados por um poder político que nos negou [aos proprietários] e nunca concedeu aquilo que sempre tivemos direito pela lei em vigor”. “Ora a nossa paciência esgotou-se e que não se sente não é filho de boa gente”.
“INSULTO”
A publicação, de 32 páginas, inclui uma entrevista com Ermelando Sequeira, rosto do grupo Vilaminho, e proprietário de 40 % dos terrenos em Sete Fontes, intitulada ‘As cinco estações da ‘via-sacra’ por um loteamento (…)’, onde afirma que “não aceitamos ser confiscados”, reclamando “um arbitragem mediada pelos tribunais por uma questão de simplicidade na resolução do diferendo e por uma questão de justiça”.
Ermelando Sequeira considera que 10 euros por metro quadrado atribuído pela autarquia aos terrenos “é quase um insulto”.
“Não é razoável impor a estes proprietários os custos da criação de um Parque Público Municipal”, é o título do texto da autoria de Cália Borges, advogada da empresa bracarense.
NOVAS PROPOSTAS
O jornal inclui ainda entrevistas com o arquitecto paisagista Daniel Monteiro, que a convite da Vilaminho, eleborou um estudo que propõe um parque verde de 14 hectares, “superior ao parque anunciado” por Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga.
Já o arquitecto brasileiro, também a convite do grupo de Braga, apresenta um plano de intervenção para um parque urbano com 30 hectares, a desenvolver em duas fases.
Fernando Gualtieri (CP 1200)