O portal venezuelano El Estímulo diz que os soldados venezuelanos dispararam esta sexta-feira contra civis matando duas pessoas e ferindo 15. O incidente aconteceu na vila de Kumarakapai quando um grupo de civis tentava assegurar a passagem de ajuda humanitária na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.
O jornal The Washington Post explica que quando os locais tentaram impedir os veículos do exército venezuelano de avançar, os soldados abriram fogo. Uma das vítimas mortais é Zorayda Rodriguez, de 42 anos.
No Twitter, Americo De Grazia, deputado da Assembleia Nacional, confirmou também a identidade de mais uma vítima mortal. Trata-se de Rolando García e pertence à comunidade indígena pemón. Morreu já no Hospital de Pacaraima, no Brasil.
Segundo a agência Venepress, um grupo de indígenas terá avançado contra os soldados depois dos disparos, raptando três deles que ainda estão sob custódia.
Na quinta-feira, o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, ordenou o encerramento das passagens de fronteira com o Brasil. “Decidi (que) no sul da Venezuela (…) a partir das 20 horas de hoje (meia-noite de sexta-feira em Portugal continental) (…) fica encerrada total e absolutamente, até nova ordem, a fronteira terrestre com o Brasil”, anunciou Maduro numa reunião com militares no forte Tiuna de Caracas, o maior quartel do país.