Mota Alves, presidente da ATACHA (Associação de Desenvolvimento das Terras, Altas do Homem Cávado e Ave) defende uma maior divulgação do Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV), com sede em Merlim S. Pedro, em Braga, junto da comunidade e o envolvimento de mais parceiros, nomeadamente da Universidade do Minho, o Instituto Ibérico de Nanotecnologia (INL) e das escolas de forma a dar a conhecer o património de sementes que está a ser reunido há 40 anos,
Em declarações ao PressMinho/O Vilaverdense, na apresentação do ‘Livro de Actas’, que assinala os 40 anos daquele organismo, Mota Alves considerou que o BPGV, o maior da Europa, conservando dezenas de milhar de sementes, “uma moderna Arca de Noé”.
O líder da ATACHA – parceiro privado neste projecto- espera que “e outros parceiros privados possam dar o seu contribuo”, defendendo que “as autarquias deveriam criar de campos experimentais que possam auxiliar os agricultores”.
“Se recorrermos ao material genético endogénico que temos aqui preservado, podemos contribuir para fixar mais pessoas no interior bem como combater o abandono dos campos” afirmou, lembrando que a produção de lúpulo há muito que desapareceu das terras de Vila Verde, agora transformadas em pastagens, “enquanto a produção de cerveja artesanal nacional se vê obrigada a recorrer a mercados estrangeiros”.
“O BPGV é uma área fundamental para o desenvolvimento do país, pois temos à nossa guarda sementes que proporcionam produtos únicos e de valor acrescentado”, acrescenta, partilhando as palavras de Nuno Canado, presidente do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, que juntamente com Clara Alves, directora Regional da Agricultura marcaram presentação das ‘Actas’.
Fernando Gualtieri (CP 1200)