O investigador da Universidade do Minho Paulo B. Lourenço foi distinguido com uma bolsa de 3 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação (ERC), para estudar a forma de proteger o património edificado histórico do risco sísmico.
O anúncio foi feito, em comunicado, pela Universidade do Minho (UMinho), que sublinha que, ao abrigo da bolsa, Paulo B. Lourenço irá desenvolver, nos próximos cinco anos, uma abordagem “inovadora” para a avaliação da segurança do património construído com valor cultural, quando submetido a sismos.
Em causa está uma metodologia integrada experimental e numérica para descrever “de forma precisa” o comportamento estrutural dos edifícios históricos.
O projecto irá gerar, designadamente, ferramentas numéricas e analíticas integradas para avaliação da segurança e nova regulamentação para salvaguarda dos edifícios históricos, em termos de colapso e limitação do dano.
Está ainda previsto um “novo grande” equipamento para instalação no Instituto para a Bio-Sustentabilidade da UMinho.
“Esta bolsa irá contribuir para a resolução de um problema societal, ligado à agenda 2030 das Nações Unidas para cidades seguras, resilientes e sustentáveis, e para preservar a nossa identidade através da conservação do património histórico”, refere Paulo Lourenço, citado no comunicado.
Acrescenta que se trata do reconhecimento do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas da UMinho como “referência internacional” nas áreas da física e da engenharia.
O investigador é professor do Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, codirector do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas e codirector do Instituto para a Bio-Sustentabilidade.
É especialista em conservação estrutural e engenharia forense, tendo trabalhado em mais de cem monumentos, entre os quais o Palácio de Belém, Mosteiro dos Jerónimos ou Catedral do Porto.
É coordenador, desde 2007, do mestrado europeu em Análise Estrutural de Monumentos e Construções Históricas e coeditor do International Journal of Architectural Heritage.
A UMinho já conseguiu, nos diversos concursos, oito bolsas do ERC, sendo três bolsas avançadas para cientistas estabelecidos, três de consolidação de carreira e duas de iniciação de carreira.