Os partidos de oposição na Câmara de Braga, PS e CDU, votaram, esta segunda-feira, contra o pedido feito pelo Sporting Clube de Braga para que o direito de superfície de que usufrui no edifício da piscina olímpica (inacabada) – situada junto ao estádio municipal – passe a ser detido pela SAD- Sociedade Anónima Desportiva.
O vereador da CDU, Carlos Almeida disse, na reunião do Executivo de vereadores, que a alteração pedida “é substancial” já que o Município negociou com a coletividade, que é de interesse público, e não com a SAD, que, ao invés, “é uma empresa privada que visa o lucro”.
“Se é certo que hoje há proximidade entre clube e a SAD, a verdade é que tal pode não suceder no futuro”, sublinhou.
O comunista pôs, ainda, em causa o contrato entre as partes, por não especificar o modo como vão ser pagos os 400 mil euros que o clube dá de contrapartida: “não diz quando nem como”, vincou.
O socialista Artur Feio manifestou idêntica opinião, sustentando que a mudança “desvirtua” o espírito da cedência da estrutura, e “não salvaguarda os interesses do clube”.
A proposta do Executivo, aprovada com os votos da maioria PSD/CDS, previa, ainda, a cedência, também por direito de superfície, de dois campos de treino anexos ao estádio e que não integravam a chamada ‘Cidade Desportiva’. Ponto que já mereceu a concordância de todos os partidos.
Em resposta, o presidente da Câmara Ricardo Rio disse que “a cedência foi feita ao clube e não à SAD”, e defendeu que “compete aos seus órgãos e aos sócios, e não à Câmara, a defesa dos seus interesses”.
Conforme O Vilaverdense/PressMinho noticiou, o Município e a maior coletividade desportiva da cidade chegaram a acordo em 2018, depois de um período de divergências sobre o tema, para a cedência, por 40 anos, da piscina, onde vai ser feito um pavilhão.
Luís Moreira (CP 8078)