Tinha sido condenado a 20 anos de prisão por homicídio qualificado em Barcelos. Pena que agora foi agravada em mais um mês, no Tribunal Coletivo de Braga, pelo crime de falsidade de testemunho.
Inácio Filipe Ferreira Bessa, de 42 anos, de alcunha o Max, que assassinou à facada um homem, João Carlos Barbosa, com quem residia na chamada Quinta do Brasileiro, em Arcozelo, Barcelos, tinha apanhado quatro meses por mentir em tribunal. Em cúmulo jurídico ficou com mais 30 dias.
Em agosto de 2018, foi sentenciado por um crime, que ficou conhecido como ‘dos arrumadores’ – tarefa de angariação de moedas a que ambos se dedicavam – ocorrido a 24 de setembro de 2017 num anexo onde moravam.
O coletivo de juízes deu como provado que, em setembro de 2017, o João Barbosa, o primeiro residente do casebre, pediu ao Inácio Bessa que
saísse, pois tinha começado a namorar.
Exigência que repetiu no dia do crime: “tens que sair, quero trazer a Lurdes”, disse. Confrontado com a exigência, o Bessa sacou de uma faca com um cabo de 12 centímetros e uma lâmina de 14, e espetou-lha nas costas.
“Ah, filho da p… que me mataste”, exclamou a vítima, que tentou fugir, mas levou dois outros golpes profundos nas costas que lhe causaram lesões graves nos pulmões e lhe provocaram a morte.
Os juízes tiveram em atenção, na valoração da pena, o facto de o homicida não ter dado qualquer hipótese de defesa à vítima, que caiu “ensanguentada e prostrada”.
O Bessa, que cumpre pena, tem, ainda, outras seis condenações: por furto, apropriação ilegítima de coisa achada, falsificação de documento, recetação e tráfico de drogas.
Luís Moreira (CP 8078)