A Vilaminho – Promoção Imobiliária SA tem um projeto alternativo de criação de um parque urbano nos terrenos envolventes ao antigo sistema de abastecimento de água das Sete Fontes, na zona norte-nordeste da cidade de Braga, e abriu uma exposição para mostrar o seu trabalho a todos os bracarenses.
A empresa imobiliária, que é a segunda maior proprietária de terrenos na zona – e que – acusa – “tem visto a Câmara Municipal de Braga fugir ao diálogo e à negociação” –, contratou o arquiteto-paisagista Daniel Monteiro, cujo trabalho está exposto na Galeria de Janes, no Largo S. João de Souto nº 14/15, no centro histórico.
Todos os interessados podem visitar a exposição, que está patente de segunda a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00.
A firma diz que “o arquiteto-paisagista Daniel Monteiro, que tem gabinete na rua 25 de Abril, elaborou um estudo que contempla um parque verde nas Sete Fontes, com uma extensão de 14 hectares, superior ao parque anunciado pela Câmara, assim como zonas de construção”. Esta solução, que “prevê um parque urbano “com vida”, que respeite o património, a cultura e a memória coletiva daquele espaço, contemplando alguma construção de qualidade, é vista como a ideal para pacificar as relações entre a Câmara e os proprietários dos terrenos, que não aceitam ceder os terrenos por 10 euros por metro quadrado”.
DIÁLOGO
Em sua opinião, “é importante que as partes consigam sentar-se à mesa”, sendo o seu trabalho uma base para o restabelecimento do diálogo. Sobre o seu projeto para as Sete Fontes, Daniel Monteiro afirma: “Este estudo deve ser encarado como uma proposta para uma discussão pública sobre aquilo que o município e os bracarenses pretendem para as Sete Fontes. A preocupação central foi a de criar uma base viável de discussão e de avaliação do que é que se pode fazer. Esta proposta é uma base de conversa, um bom ponto de partida, para discutir o futuro e resolver o impasse em que aquele território se encontra.”
O empresário Ermelando Sequeira, da VILAMINHO, por seu turno, insiste na sua disposição para dialogar com a autarquia: “Estamos de boa-fé neste processo. E dispostos a ceder este projeto à Câmara. Queremos o melhor para a cidade e para os bracarenses e estamos disponíveis para o diálogo e a negociação”.
Luís Moreira (CP 8078)