O estado norte-americano da Florida aprovou uma proposta de lei que autoriza os professores a usarem armas contra qualquer intruso mal intencionado no espaço escolar.
O objectivo é travar os atiradores que têm assassinado centenas de alunos e funcionários da acção educativa ao longo dos últimos anos, mas a medida está a gerar resistência em grupos activistas que se opõem à presença de armas nas escolas e na própria comunidade de professores.
Os deputados da Florida viabilizaram a proposta com 65 votos a favor e 47 contra. Os democratas só conseguiram convencer cinco republicanos a furar a disciplina de voto do partido, insuficientes para contrariar a vontade da clara maioria republicana neste estado.
O governador Ron DeSantis ainda pode vetar a proposta, mas já a apoiou publicamente e é convicção geral de que a vai aprovar, tornando-a lei.
Segundo a proposta aprovada, caberá à direcção escolar de cada condado [região administrativa comparável a uma freguesia em Portugal] decidir se quer ou não adoptar tal medida. Em caso afirmativo, fica depois ao critério do conselho directivo de cada escola equipar ou não os professores e outros funcionários com armas, tendo os mesmos de voluntariar-se para o efeito e passar por um processo de treino na esquadra local.
“São pessoas que querem proteger os outros, se for necessário. Quando as forças de segurança não o podem fazer, espero que haja alguém na sala que o consiga”, sustentou Dane Eagle, líder republicano no parlamento da Florida, citado pelo The Guardian.
Representantes de duas das maiores escolas deste que é um dos estados mais populosos dos Estados Unidos da América já vieram recusar a adesão à medida, preferindo reforçar a segurança com polícias ou com a contratação de seguranças privados.
Sondagens recentes aos habitantes da Florida mostraram que a maioria da população está contra a solução de fazer dos professores agentes de segurança.
Fonte: Visão