Conhecido pelas actividades de comércio sexual que atraem turistas de todo o mundo, o ‘Red Light District’, bairro de Amesterdão, na Holanda, pode vir a sofrer grandes alterações. A presidente da Câmara, Femke Halsema, quer reduzir o tráfico sexual e o assédio sobre as trabalhadoras e as soluções podem passar por acabar com as janelas e fechar os bordéis.
Uma das imagens de marca das ruas do ‘Red Light District’ são os bordéis com expositores virados para a rua e para os canais, onde trabalhadoras sexuais dançam para o prazer dos transeuntes que passem em frente destas ‘janelas’.
No entanto, para Femke Halsema, esta prática tem de sofrer alterações de fundo, tendo mesmo dito que a cidade tem de “atrever-se a pensar num Red-Light District sem prostituição”.
A presidente da Câmara de Amesterdão, eleita em Junho do ano passado pelos Verdes, defende que são necessárias várias alterações devido às mudanças sociais que têm decorrido, desde o aumento do tráfico humano até ao número crescente de turistas que visitam o bairro e tiram fotografias às trabalhadoras, acabando por colocá-las online.
Halsema disse acreditar que “muitas das mulheres que lá trabalham sentem-se humilhadas e um objecto de troça, sendo essa uma das razões pelas quais se está a pensar nesta mudança”.
Outras motivações para as mudanças, disse a autarca numa entrevista ao jornal holandês, citado pelo The Guardian, passam por reduzir actividades criminosas como o tráfico humano, fraude e lavagem de dinheiro, assim como criar um ambiente mais calmo para residentes e empresários; paralelamente, quer também revitalizar o bairro onde está instalado o ‘red-light district’, o De Wallen, que com 500 anos de idade é parte da zona considerada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Redacção com Sapo24