A despesa corrente em saúde aumentou 5,1% em 2018, sendo superior à variação nominal do PIB, segundo indicadores divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se do crescimento mais elevado da despesa corrente em saúde desde 2008, segundo a Conta Satélite da Saúde do INE.
Os resultados preliminares da despesa corrente em saúde de 2018 mostram um aumento da despesa pública de 5,3% e privada de 4,6%.
Em 2017, a despesa corrente em saúde tinha aumentado 3,6%, que significava menos 0,9 pontos percentuais do que no ano anterior.
Para 2018, o INE estima que a despesa corrente tenha sido de 18.345,1 milhões de euros, representando 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB), “reflectindo o crescimento mais elevado desde 2008”.
Segundo o INE, em 2017, a importância relativa da despesa corrente pública no financiamento do sistema de saúde português manteve-se nos 66,3%.
Para 2018 prevê-se um crescimento da despesa pública (5,3%) superior ao da despesa privada (4,6%), acrescenta a Conta Satélite da Saúde.
Os indicadores do INE mostram ainda que, em 2017, aumentou a despesa corrente de todos os agentes financiadores públicos, destacando-se as outras unidades da administração pública (+3,7%), o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas (SRS) (+3,5%).
Os agentes financiadores privados que contribuíram mais significativamente para o aumento da despesa, nesse ano, foram as sociedades de seguros (+13,7%) e as famílias (+2,6%).
Em termos estruturais, o INE salienta o aumento do peso do financiamento das sociedades de seguros (+0,4 pontos percentuais) e, em sentido inverso, a redução da importância relativa da despesa das famílias (-0,3 pontos percentuais).
Os dados preliminares do INE para 2018 apontam para uma continuação do aumento do financiamento dos principais agentes financiadores públicos e privados, com exceção dos subsistemas de saúde públicos.
Redacção com TSF